Trabalhos

Sabe-se que o carvão mineral é o mais abundante dos combustíveis fósseis, sendo em longo prazo a mais importante reserva energética mundial. No Brasil, somente as usinas termelétricas dos Estados do sul, são responsáveis pela geração de aproximadamente 3 milhões de toneladas de cinzas por ano (provenientes da combustão do carvão) deste total se sabe que apenas uma pequena parcela é aproveitada para a fabricação de cimento. A disposição das cinzas em aterros oferece perigos potenciais aos mananciais hídricos, pois contaminam as águas superficiais e subterrâneas e o solo, pela lixiviação das substâncias tóxicas presentes em suas partículas. O desenvolvimento de novas tecnologias para reaproveitar este resíduo é necessário, e uma alternativa que vem se mostrando bastante eficaz para o reaproveitamento deste material é a sua utilização como matéria-prima para síntese de zeólitas. Neste trabalho foi otimizado um processo hidrotérmico em meio alcalino para a síntese integrada de zeólitas do tipo 4 A e NaP1, utilizando cinzas volantes geradas a partir da combustão do carvão, e sua utilização no tratamento de íons amônio em efluentes da suinocultura. Para a síntese da zeólita 4 A integrada, foram utilizadas 30g de cinzas e 300 ml da NaOH (Merck 99,5%) com concentração de 2M, esta mistura foi mantida em banho maria a 100°C por 2 horas com agitação constante. Após foi realizada a filtração com bomba de vácuo. O filtrado foi usado para a síntese da 4A colocado em estufa por 2 hs.. O sólido residual, empobrecido em silício e alumínio, foi utilizado para síntese da zeólita NaP1 pelo processo hidrotérmico em um reator de vidro fechado.
Para os testes de troca iônica, as zeólitas NaP1 (comerciais e sintéticas) foram colocadas em contato com 50 mL de efluente suíno sobre constante agitação, sendo imediatamente, após término do contato, centrifugadas e o sobrenadante analisado por cromatografia iônica (CI). Para a concentração de amônio no efluente puro, o percentual de adsorção pós-contato nas condições padrões, foi de 51,8%, reduzindo a concentração de amônio deste efluente para 581,1 mg. L-1.

Foi avaliada a matéria orgânica de dois Latossolos (um sob mata M e outro sob plantio direto – PD - 5 anos), através dos teores de C, N no solo antes e após reação com peróxido de hidrogênio. Os teores de carbono do resíduo da reação (5% para PD e 9% para M) tiveram uma variação pequena ao longo dos perfis e grande variabilidade entre amostras para os resíduos de reação do solo sob mata. Nos teores de carbono do resíduo da reação com peróxido (5% para C e 9% para M) houve uma variação pequena ao longo da profundidade e grande variabilidade entre amostras quando os resíduos eram de reações de solo sob mata.Os teores de C e N do solo diminuíram levemente ao longo da profundidade em ambos os solos. O Latossolo sob plantio apresentou estratificação da matéria orgânica ao longo da profundidade de acordo com a razão C/N, o que não ocorreu com o solo sob mata. A metodologia de reação com o peróxido de hidrogênio necessita de padronização, devendo ser levado em conta a influência da luz no processo.

O sal metálico Pd(acac)2 foi reduzido com H2 molecular, utilizando polivinilpirrolidona (PVP) como estabilizante e metanol como solvente, obtendo-se Pd(0) coloidal. A solução coloidal foi incorporada em matriz de sílica pelo método sol-gel em meio ácido, resultando no catalisador de Pd(0)/SiO2. O material obtido foi testados cataliticamente em reações de hidrogenação de compostos insaturados, como cicloexeno, 1-deceno e 1-hexeno.